João 14, 21-26

O site Evangelho Quotidiano nos brinda hoje com esta pequena maravilha:

Comentário ao Evangelho do dia feito pelo Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013).

«O Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em Meu nome»

Diferentemente das palavras «Pai» e «Filho», o nome do Espírito Santo, a terceira pessoa divina, não é a expressão de uma especificidade; designa pelo contrário, o que é comum a Deus. Ora é justamente aí que aparece o que é «próprio» à terceira pessoa; Ela é «o que é comum», a unidade do Pai e do Filho, a Unidade em pessoa. O Pai e o Filho são um na medida em que vão para além de Si próprios; são um nessa terceira pessoa, na fecundidade do dom. Tais afirmações não poderão nunca ser mais do que aproximações; não podemos reconhecer o Espírito a não ser através dos Seus efeitos. Consequentemente, a Escritura nunca descreve o Espírito em Si mesmo; só fala da maneira como Ele vem ao homem e como Se diferencia dos outros espíritos. […]

Judas Tadeu pergunta: «Senhor, porque é que Te manifestas a nós e não ao mundo?» A resposta de Jesus parece passar ao lado desta pergunta: «Se alguém Me ama, viverá segundo a Minha palavra, Nós viremos a ele e faremos nele a Nossa morada». Na verdade é a resposta exacta à pergunta do discípulo e à nossa pergunta sobre o Espírito. Não se pode expor o Espirito de Deus como uma mercadoria. Só O pode ver aquele que O traz em si. Ver e vir, ver e permanecer, andam aqui juntos e são indissociáveis. O Espírito Santo permanece na palavra de Jesus e não se obtém a Palavra com discursos, mas através da constância, através da vida.

O caminho e a chegada

Cristo é ao mesmo tempo o caminho e o termo. É o caminho segundo a Sua humanidade; é o termo segundo a Sua divindade. Neste sentido, enquanto homem, diz: «Eu sou o caminho»; enquanto Deus, acrescenta: «a verdade e a vida». Estas duas palavras indicam com toda a propriedade o termo deste caminho. Na verdade, o termo deste caminho é a aspiração do desejo humano. […] Ele é o caminho para chegar ao conhecimento da verdade, ou melhor, Ele próprio é a verdade: «Ensinai-me, Senhor, o Vosso caminho, para que eu siga a Vossa verdade» (Sl 85, 11). Ele é também o caminho para chegar à vida, ou melhor, Ele próprio é a vida: «Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida» (Sl 15, 11). […]

 

Santo Tomás de Aquino, comentando o Evangelho de hoje (João, 14, 2)

Reflection

The devil quickly finds work for idle hands and an angel quickly finds work for diligent hands. In this world of constant movement and constant change man, whether he wants to or not, must always be busy, be it either good works or evil works. The idle man, actually is not lazy. He is a diligent worker of the devil. An idle body and an idle soul is the most suitable field for the devil’s plowing and sowing. St. Anthony the Great said: “The body needs to be subdued and immersed in prolonged labors.” St. Ephrem the Syrian teaches: “Teach yourself to work, so that you will not have to learn to beg.” All of the other Holy Fathers, without exception, speak about the necessity of work for the salvation of the soul of man. The apostles and all the saints give to us an example of continuous and concentrated spiritual and physical labor. That the idle man, by his idleness, does not extend his life on earth but shortens it, is clearly shown by the longevity of many saints, the greatest laborers among the laborers in the world.

 

Source: http://www.westsrbdio.org/prolog/prolog.htm [April 25th]

The State: Worship It or Else…

But the State, which never established a Church, became one. By slow increments over time, accelerating to quick ones over the last generation, Christianity was marginalized. It is now a “private religion” on a par with Islam, Buddhism, Astrology, and Wicca. It is tolerated, as the Romans tolerated all marginal religious cults – up to the point where the followers refuse to honor the State’s gods.

http://www.thecatholicthing.org/columns/2013/oracular-politics.html

[Re]conversão

Hoje em dia, nem os católicos são católicos. Um dia desses um amigo meu postou este vídeo aí, em que Ralph Martin, um americano autor de um livro chamado “The New Evangelization”, observa que a “evangelização” hoje se aplica não só aos ateus, mas até mesmo aos católicos batizados. A grande maioria dos católicos batizados vivem como ateus e ignoram completamente as práticas e os dogmas de sua fé. Aliás, muitos deles nem tem fé alguma.

Muitas dessas pessoas, segundo observa Martin, acham que o inferno não existe – ignoram a questão da soteriologia (ciência que estuda a salvação das almas) e pensam, portanto, que todos os indivíduos razoavelmente bons e honestos vão automaticamente para o “céu”.

Por experiência própria (pois eu mesmo estou me reintegrando à fé da qual nunca deveria ter saído), eu posso afirmar que muito católicos hoje precisam passar por um processo de conversão para poderem realmente dizer que são católicos.

Quem quiser divulgar a fé cristã hoje e trazer seus amigos consigo, precisa informar-lhes que não basta acreditar que Deus existe, pois disso a própria razão é capaz. Nesse sentido, a palavra “acreditar” nem mesmo se aplica, pois a existência de Deus é racionalmente verificável, e as pessoas hoje só não admitem isso porque sua mentalidade está impregnada de cientificismo, que é uma crença estupidificante que faz o ser humano acreditar que empirismo matematizável é sinônimo de razão e que as ciências exatas possuem o monopólio da razão.

E por que não basta saber que Deus existe? Porque há uma coisa chamada salvação das almas, que não está garantida pela simples consciência de que Deus existe. Teoricamente, isso até seria possível para um índio, por exemplo, ou para qualquer pessoa que não tenha conhecimento da Revelação. Porém, a partir do momento que um indivíduo fica sabendo que Jesus Cristo veio à Terra, proclamou-se filho de Deus e ressuscitou para provar que dizia a verdade, esse indivíduo não tem mais o direito de furtar-se à Graça, pois Jesus exigiu que aceitássemos a Graça, sob pena de não nos salvarmos.

Ah, e não adianta dizer: “não acredito no cristianismo”, pois o fato de que Jesus Cristo é o filho de Deus também é matéria de prova racional – para isso estão aí os relatos históricos da ressurreição, que só não são aceitos como tal hoje em dia pelo mesmo motivo citado acima: cientificismo.

Quem não aceita essas coisas está em perigo e tem a obrigação de, acima de tudo, estudar estudar estudar.